sábado, 30 de novembro de 2013

Resenha: Cidades de Papel - John Green




Título: Cidades de Papel
Autor: John Green
Idioma: Português
Número de Paginas: 368

 Resenha: Quentin Jacobsen é um nerd que desde que se entende por gente é apaixonado por sua vizinha, Margo Roth Spiegelman. A infância de ambos ficou marcada por um acontecimento trágico que nenhum dos dois consegue esquecer. Mas os anos passaram e cada um arranjou sua própria turma. Q. com os seus inseparáveis amigos nerds. E Margo. A linda, popular e carismática, Margo. Sempre pronta para entrar em uma aventura louca pelas ruas de Orlando. E é por essa Margo que o Quentin era perdidamente apaixonado.

Até que em uma noite qualquer Margo aparece em seu quarto lhe propõem uma aventura. Eles tem uma lista a cumprir e invadir um parque está entre elas. Porém depois dessa noite Margo desaparece. Todos já estão cansados dos sumiços de Margo, mas Q. Acredita que ela deixou pistas específicas para ele encontra-la. E é segundo essas pistas que Quentin e seus amigos embarcam em uma viagem cheia de mistério, ação e incertezas.

Se você estiver interessando em algo parecido com A Culpa é Das Estrelas eu sinto decepciona-lo. Em Cidades de Papel não temos tanto drama, doenças incuráveis ou amores que são fadados ao fracasso graças ao destino cruel. Na verdade o livro é completamente sobre pessoas. Sobre o que elas são e aquilo que elas resolvem exteriorizar. Até que ponto você conhece alguém? Será que aquele seu amigo não é muito mais do que você enxerga? Ou melhor, pense em si mesmo. Até que ponto você se mostra pra alguém? Quantas vezes você não quis transparecer algo diferente, ou já passou por situações em que sua própria reação o surpreendeu? Pois é...

O Q. era apaixonado por uma Margo carismática, misteriosa e viva. A Margo que ele idealizou. Mas ao longo de toda essa jornada ele descobriu como as outras pessoas – os pais de Margo, seus amigos, as amigas dela - viam a garota que ele achava que conhecia.

Li algumas opiniões negativas sobre o livro. Muitas pessoas se dizendo decepcionadas. E eu repito. Se você está esperando algo parecido com ACÉDE, repense a leitura. Mas se você estiver a procura de uma boa aventura, suspense com ar mistério, uma viagem atravessando estados e pistas super inteligentes e bem estruturadas que só o Sr. Green é capaz de bolar, vá em frente!

Cidades de Papel já se tornou uma das melhores leituras desse ano. O livro é muito rápido e cheio de enigmas o que faz com que você fique vidrado. O Q. é um príncipe do cavalo manco. Nada parecido com o Gus, mas ainda sim lindo a sua maneira. Ele luta por aquilo que acredita e nem imagina o quão corajoso e bom é. Nem preciso dizer que me apaixonei, em? Rsrs’

Trecho:


“Talvez seja mais como você falou antes, rachaduras em todos nós. Como se cada um tivesse começado um navio inteiramente à prova d’água. Mas as coisas vão acontecendo…as pessoas se vão, ou deixam de nos amar, ou não nos entendem, ou nós não as entendemos… E nós perdemos, erramos, magoamos uns aos outros. E o navio começa a rachar em determinados lugares. E então, quando o navio racha, o final é inevitável. (…) Mas ainda há um tempo entre o momento em que as rachaduras começam a se abrir e o momento em que nos rompemos por completo. E é nesse intervalo que conseguimos enxergar uns aos outros, porque vemos além de nós mesmos, através de nossas rachaduras, e vemos dentro dos outros, através das rachaduras deles. (…) Uma vez que o navio se rachar, a luz consegue entrar. E a luz consegue sair.”

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