quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Resenha: 1984 – George Orwell

Título: 1984
Autor: George Orwell
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 414

Controle, monitoramento. Câmeras, governo, vigilância. Comunicação limitada, medo, indiferença. Certamente é possível criar um cenário bem atual com estas palavras. Mas hoje elas estão aí para falar de algo que foi escrito há mais de meio século: 1984, a obra-prima de George Orwell, que nasceu em 1903 na Índia e cresceu na Inglaterra.
Escrito no final da década de 1940, foi o último livro de Orwell – ele morreu poucos meses depois de ter finalizado o manuscrito. É considerado por muitos um dos grandes livros do século XX, sem dúvida uma leitura obrigatória. Se hoje Big Brother remete a um programa popular de gosto duvidoso, a origem do termo vem do Grande Irmão, que a todos vê, em todos os cantos de Oceania, um país criado para o enredo do livro.
Em Oceania, todos são vigiados, dentro e fora de casa. Todos os cômodos possuem câmeras e alto-falantes. Todos devem estar em todo o tempo sendo observados por um regime ditatorial e intransigente. É um período onde as pessoas têm um novo jeito de falar, mais limitado, com palavras compactadas e novas expressões. Assim, com um vocabulário limitado, todos os indivíduos têm menos chances de se rebelar, de desenvolver novas ideias, já que não há nem mesmo o conhecimento das palavras para expressá-las. Incrivelmente atual, 1984 choca com uma realidade crua.
Winston, o personagem principal, se vê entre a obediência ao regime, um amor proibido e a imensa vontade de buscar uma liberdade idealizada. A cada momento, o leitor se vê imerso em um mundo futurista e, ao mesmo tempo, com muito em comum com a própria realidade do mundo moderno. E se o enredo prende, o final é no mínimo surpreendente.

Sem dúvida um livro obrigatório para leitores mais exigentes. É um “cult clichê” que realmente vale a pena!

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